Poema Afoito ou O Que Não Falo Mas Escrevo
corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente corrente que me prende em você. Água corrente desse rio de desencanto que insisto em ancorar meu barco. Em ti não encontro leito. Só desamparo. Desespero. Tormento. Um copo cheio desse teu gostar vazio. Um bicho arredio buscando abrigo onde só tem relento, casa sem teto nem paredes onde me falta chão. Birra de menino em homem feito. Negando fogo pra quem oferece carvão. Teu peito é pedra. Essa couraça indestrutível que é teu coração. Eu tenho amor em brasa e disso não abro mão. Pode seguir por essa estrada sem trilho. Que eu... Ah! Eu sou meu próprio caminho e minha própria embarcação.
Comentários
Postar um comentário