Porque hoje é dia do amigo [2]


Aos amigos por aí
.
Andariar pelo mundo é bom. Na verdade nem sei mais se é escolha. Eu simplesmente sigo. Porque não há o que fazer... uma vez que a gente vai... voltar não é mais uma opção. O preço da caminhada é a saudade. Por cada lugar que passo eu faço um amigo e levo comigo um pedacinho de outro alguém. É o que dá sentido à jornada. Os encontros. É por eles que eu me boto em trânsito. São as melhores escolas que já passei. São meus grandes mestres. Andar por aí me trouxe a possibilidade de encontrar com seres especiais, de conhecer histórias fantásticas e de quebra ganhei amigos que agora estão espalhados por diversos cantinhos do Brasil e desse mundo bonito. Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Distrito Federal, Rio Grande do Norte, Argentina, Colômbia, Paraguai, Uruguai, México, Estados Unidos, Portugal, Bélgica, Espanha, Inglaterra, Itália... tem amigo em tanto canto que vou precisar de umas três vidas prá visitar todo mundo! Por onde eu vou eu carrego duas malas... uma é a Judith, onde levo poucas roupas, uns dois sapatos, livros, uns trecos prá tomar banho e escovar os dentes e vez ou outra um cobertor que ocupa mais espaço do que deveria. E tem outra... essa eu carrego do lado de dentro.. vou colocando dentro dela cada sorriso que encontro pelo caminho, casa olhar que cruza com o meu, cada conversa na beira do mar, cada brinde de cerveja gelada por um novo lugar conhecido, cada história de culturas tão diferentes da minha e tão parecidas ao mesmo tempo, as músicas tocadas em baixo de árvores, as emoções compartilhadas de um pôr do sol inesquecível... as lembranças desses encontros que vão me preenchendo e me transformando num ser humano muito melhor. Eles me ensinam sobre a impermanência das coisas... e essa foi a lição mais bonita que eu já aprendi!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Girassol

Ao amor que não aconteceu

Pequenos Clichês Fluminenses Que Escrevo Pra Não Ter Que Lhe Falar II