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Mostrando postagens de 2021

Pequenos Clichês Fluminenses Que Escrevo Pra Não Ter Que Lhe Falar II

Seus olhos tinham cor indefinida. Mentira. Eram castanhos, infinitamente castanhos. Esverdeados nas noites cariocas. Mas só quando havia cerveja. Eles me fitavam de um jeito que eu jamais fui fitada na vida. Um jeito de quem tem o fundo do mar inteiro dentro do olhar... mas só nada até a primeira onda. Meu barco era pequeno demais prá navegar por águas tão turbulentas. Recuei. Mas quando vi já estava ancorada bem no meio do oceano.

Pequenos Clichês Fluminenses Que Escrevo Pra Não Ter Que Lhe Falar I

O que é uma arma encostada na cintura prá quem tem uma bomba relógio armada no peito!?

Roteiro para quadrinhos sentimentais II

Fiz do nosso amor carnaval. Já sabendo que logo chegaria a quarta feira de cinzas.

Girassol

  Me chamam visceral. Não é o único modo de estar viva? Cada pessoa me atravessa e meu instinto é saltar em queda livre. E, afinal, quem sou eu senão os encontros que tive na vida? Te vi duas vezes nessa semana, de longe, parecia uma miragem. Tive que olhar de novo pra ter certeza que não era alucinação. Que caos é esse que você instalou aqui dentro que me tirou o fôlego e me trouxe de volta à superfície? Pensei esses dias que nossa rápida passagem pela vida uma da outra foi como uma foto Polaroid. Daqueles momentos que acontecem só uma vez, mas ficam registrados numa película que a gente revisita vez ou outra e pensa: que tempo foi esse? Por que teu olhar estacionou em mim? Não sei. Mas tem coisas que são assim mesmo... não é de entender, a gente sente e pronto. Você me pede calma, mas carrego esse coração que tem pressa. Tal qual coelho da Alice que está sempre atrasado, ele não entende o tempo das obrigações cotidianas. Não o culpo. Eu também nem sempre me entendo com Chronos....